Uma manhã de auto inspiração




Das coisas que tenho em mente para uma boa vida, uma delas é nunca ser a sombra de ninguém. Todas as vezes que houveram essas tentativas, eu percebi e flui. Sou livre para criar meu trajeto, forte para seguir em meio às adversidades, esperta para perceber as mazelas humanas e suficiente para ir comigo mesma. Isso também não implica em querer estar acompanhada, afinal, nascemos sozinhos, mas o amor é muito mais forte quando podemos olhar o horizonte por diversos ângulos e o ângulo do outro é demasiadamente importante.

Somos feitos de uma completude que nos faz sentir sozinhos, essa carência cria relações que muitas vezes não são saudáveis, ficamos dependentes da atenção que o outro pode nos proporcionar, criando aquelas expectativas que machucam, martirizam os corações. E falasse muito de amor próprio, de auto aceitação e afins, porém o que ninguém vê é que dentro do coração de cada pessoa carente existe uma necessidade de ser acolhido, essa acolhida demora muitos tempos para ser aceita, alguns não a alcançam, pois deve ser feita por nós mesmos. Quando aceitamos nossa situação como ser humano vivente deste planeta, fica mais fácil ser amado, contudo não se deve criar expectativas quanto a isso também, pois o outro não tem nenhum compromisso em te aceitar e amar “para sempre”. É um ciclo contínuo de busca pelo autoconhecimento, onde nem mesmo eu sou capaz de estar livre dos perigos das tangentes.

Eu digo, foram muitos anos dividindo laços afetivos com pessoas que um dia deixaram claro que eu não era prioridade (eu nem deveria ser afinal...kkk). Hoje eu entendo, aceito, eles não tinham obrigações comigo, eles tinham obrigações consigo mesmo, estavam certos e me ensinaram isso. Por sorte sempre fui aquela apegada/desapegada, nunca deixei de fazer algo sozinha à espera de alguém. Quando pude viajar... viajei. Sim, fui em várias viagens sozinha, sem amores, sem amigos, sem família, foi um momento só meu de construção, de vivência. Quando pude construí… eu construí, criei empresas, projetos, coloquei no papel, executei, calculei, tive prejuízos e muitos ganhos. E quando pude fluir, eu flui, fiz da minha dor arte, da minha liberdade sorrisos, do meu elo com o universo um grande centro de conhecimento e autoaceitação. Isso não se prevalece apenas de relações amorosas, como também de amizade, familiares, de pessoas do trabalho e afins. Todos no mundo tem como única obrigação se encontrarem e sentirem o quão completos são.

Quando você se completa, você pode enfim transbordar. Quando no centro do seu coração você encontrar o amor a si mesmo, eu garanto uma coisa: tudo vai encaixar de uma forma fenomenal, cada desejo inconsciente será realidade, pois o mais importante você carregará consigo para sempre: o seu eu.

Pam Lisboa, 31 de julho de 2018. 


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Nem todo mal é necessário, mas as vezes é justo

O interessante disso tudo é que esse "tema" me foi passado a mais de um mês, eu ainda não tinha conseguido desenvolver nada sobre, mas era de clareza que eu precisava, pois então, a clareza dos acontecimentos chegaram.
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Daí um dia você acorda decidida, que quer mudar a vida, quer coisas novas, quer acontecimentos diferentes. Não é porquê a rotina está te atingindo, muito pelo contrário, sua vida anda mais louca nos últimos anos, meses e dias do que nunca. Não há rotina, não há nada certo, não há clareza. Clareza é uma palavra muito importante aqui, veja bem. Você sabe que amanhã não haverá nada concreto, são momentos de angústia misturados com de alegria intensa, dos quais você não consegue controlar. Organização? Puts, essa passa longe, pois nesse emaranhado de pensamentos e confusões a única coisa que você consegue manter são os dentes limpos, as unhas cortadas e o cabelo lavado. Ufaa… Que bom, né?

Mas sim, um dia você resolve que não quer mais nada disso, quer ter coisas, quer saber de coisas, quer saber como será seu amanhã, mas que haverá controle, você poderá mudar e então: PAH! Mágica feita. Você decide que deve estar sozinha e se acompanhar de quem realmente interessa, pessoas que te façam bem, que te levem pra frente, ou se for para estar só, que seja só. Afinal de contas, “antes só do que mal acompanhado”. Para que isso aconteça você ainda vai ter que pisar em alguns sentimentos, e se você achou até aqui que esse texto não era sobre relacionamentos, então… você tava certo, é sobre acontecimentos.





Primeiro de tudo se arruma a vida, arruma a casa, arruma o guarda roupas, arruma a vida novamente, para depois arrumar companhia e se não arrumar, você vai estar de bem consigo mesma. Você lava todas suas roupas sujas, se desfaz das que já não te servem, investe um pouco de tempo em fazer um bom corte de cabelo, depois lava a casa toda com sal grosso virgem daquela tibetana que te ofereceu por um preço mais justo. Daí então você madruga para rezar/orar e louvar, ou mesmo fazer um trabalho, depois sabe que estará renovada. Toma banho de mar, pula 07 ondas, escuta os místicos da esquina e sabe que isso é uma mudança real, toma força e vai… segue esse fluxo. Um fluxo maravilhoso que você encontra dentro de você mesmo, e sem nenhum problema os problemas se resolvem e o universo conspira a favor dessa mudança, desses acontecimentos.




E o mal necessário? Sim, foi ficar sozinha, ficar de boinha consigo mesma, aprender coisas novas e saber que todo mal nem sempre é necessário, mas dessa vez foi mais que justo todas as lágrimas e sofrimentos. Agora é seguir em frente e abraçar esse dia lindo que chegou cheio de tarefas e afazeres maravilhosos. Um breve ADEUS.

Pam Lisboa, 27/06/2018











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Antecipação



Oi, tudo bem? Sei que tem dias que sou complicada de entender, talvez sejam todos os dias na verdade, sei também que quando nos encontramos o universo foi bem cruel e bem perspicaz, pois nem era dia e nem hora de estarmos ali. Por fim as coisas vem e vão se encaixando, mesmo assim eu sei que esse amor tem prazo de validade desde o primeiro encontro. Sei que tudo que existe entre nós nasce de um desejo efêmero que tudo dê certo, afinal, somos capazes, contudo sabemos que no final de tudo isso vai ser doloroso para as duas partes e um de nós vai ter que partir. 

Cara, eu gosto tanto de você que doí em mim, chega meu peito contraí, meu corpo estremece e minha alma fica sem acalento, por ainda mais saber que cada dia a mais contigo e um dia a menos na verdade. Sofro por antecipação, eu sei, eu queria que as coisas fossem leves comigo, mas depois desses 30 anos eu percebi que não sou leve, sou forte, sou força, sou gritante, amo com a mesma intensidade todos os dias e sofro realmente, por saber que as coisas boas carecem de um fim para continuar sendo boas no final. 


Eu tento imaginar o que passa aí, se vai lutar por mim quando eu quiser partir, ou se simplesmente vai querer me deixar ir. Eu tenho medo do que vai acontecer no final de tudo e quero que isso logo nos fortaleça, pois sua paz é minha paz, sua felicidade enobrece minha felicidade, espero que sejamos sempre esse ser especial lembrado por todos pelo bom de nós dois. Te amo e amarei para sempre. Sempre. Sempre. Até amanhã.

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Mel e Loucura - nota mental/escrita sobre mim...




Hoje de manhã acordei bem mais bela e feliz que ontem, não porquê fiz algum procedimento estético milagroso, ou mesmo fui a algum coach de autoestima para melhorar a mesma. Apenas vi no espelho o que realmente sou hoje: uma pessoa melhor que ontem. Percebo como naturalmente consegui evoluir, aprendi palavras das quais eu nem imaginava existir, depois consegui usá-las, parece clichê, ou bobo, mas sinta o tom dessa música. Consegui evoluir ao ponto de saber a diferença entre ajuda ao próximo e quando as pessoas tentam me “usar”, evito isso. Hoje escolho a cor que anda minha mente, não somente porquê ouvi na rádio qual era a cor da sorte da roupa do dia.


Ainda não estou convencida e nem o sou, mesmo convencida de que melhorei. Eu gosto de pequenas viagens ao centro do mundo de mim mesma, só que nunca tenho tempo de “parar”, até mesmo dormindo o movimento é constante. Viajo para não pirar e penso por existir. Simples. Gosto também de viagens reais, das quais eu consigo buscar uma pequena centelha de esperança na raça humana, que de tão longe e incoerente, fico emocionada e choro. Eu choro mesmo com os trabalhadores de rua empurrando carrinhos cheio de felicidade, eu choro ao ver um pai na fila do pão com alguns trocados levando aquele amor para casa, eu choro ao ver o dono da banca, todo suado por aquele dinheiro de cigarros vendidos no dia, pois a vida é “ralada” e o preço da evolução é isso: sentimento.


Ao mesmo tempo eu vou passando e tentando ser essa moça sorridente, que ninguém vê a alma. Foram tantos diagnósticos falhos sobre uma existência, que nem vi o dia passar. Alguns dias se passaram na verdade, entre um quarto escuro e umas notas de violão. Mas mesmo assim consegui sorrir e erguer minha coluna para deixá-la ereta novamente. Só tenho a agradecer a paciência que o mundo tem. Esse mundão lindo que me encanta a cada chuva que e cai na minha janela. 





Espero agora não parar. Espero continuar. Espero constância, nessa loucura boa que é ser eu aqui dentro. Linda e feliz, mais que ontem, amanhã mais que hoje.








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Sobre seus olhos



Era um domingo de manhã e todas as janelas ainda estavam fechadas. Não tinha muito barulho na rua e voltávamos ainda daquela noite engraçada onde começamos separados. A gente escutava uma música de um playlist criado por você, as músicas se completavam e o fato de estar ouvindo repetidamente as mesas músicas a semanas, eu sabia a ordem de cor e a gente se divertia fazendo duetos em dó maior.


A rua estava vazia e o asfalto molhado do que podemos encontrar num poema, as gotinhas do céu podiam cair sobre o parabrisas e tudo era muito cantante naquele momento, estávamos realmente felizes, nossos olhares se encontravam a cada frase musical, eu te amei naquele momento. Você podia não perceber, eu me senti realizada por você está ali e segurar minha mão, por você estar ali e tentar me manter acordada enquanto dirigia, eu estava realizada por seus olhares buscarem os meus, eles me diziam tanto.





Talvez o caminho não fosse longo o suficiente quanto gostaríamos, sabíamos que a presença um do outro iria continuar por aquele dia todo, ficamos calmos. Já em casa, preparaste cama, água, conforto para um sono, você não ficou comigo, mas segurou minha mão até adormecer e isso era tudo. Quando acordei, como de um sonho vi seus olhos me olharem, me senti em paz outra vez. Te amei mais ali.








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Não negue seu passado...

É engraçado que no dia do casamento de uma das pessoas mais importantes de sua vida, é apenas um dia comum, mais um dia comum de sol (ou chuva), que as estrelas, o sol e o céu estará no mesmo lugar como a 10 ano atrás. Onde tantas outras pessoas se casam e tudo isso sobre viver a dois e etc e tal pode ter um significado qualquer como pode ser algo extremamente especial, do qual você não vai participar. O mais engraçado de tudo, é que a pessoa que você é hoje é também o reflexo de tudo que você já viveu. Exatamente T-U-D-O. Essa pessoa que está sentado agora na sala de visitas sem muitos móveis é o reflexo das pessoas que já cruzaram seu caminho, de todo aprendizado lido e vivido, ela é reflexo dos sentimentos que conseguiu acumular e simplesmente sentir, ela é reflexo dos textos diretos e ambíguos que leu durante sua vida. E toda experiência que passou é uma coisa válida para continuar, sabia?
Acho engraçado como algumas pessoas podem simplesmente falar mal do passado, e falar mal é se negar. Negar que todo o tempo de existência até aqui (exatamente aqui) é tudo que você é. E que nesse tempo todo você foi capaz apenas de trazer somente o que foi ruim. WTF? Me explica o que tácontecendo? E o que foi bom onde ficou? Tinha que ser mais ou eterno? Sim, talvez, mas não foi e existiu. Agora é continuar e captar o bom, relevar tudo que passou que não vai somar e tentar ser feliz novamente. Uffa…
Engraçado que eu tou tão extasiada de felicidade, que sou incapaz de julgar agora, só sei rir. Porém nesse meio sorriso eu pensei e pensei, como é engraçado viver e que tudo que você foi, ou fez, ou sentiu, ou leu, ou tentou, ou desistiu, ou conquistou, tudo que você foi capaz de planejar, executar, cancelar, arquitetar, desenhar, amar, odiar, trair, simplesmente tudo é sobre o que você é agora, agora você é uma nova pessoa, vivendo um novo ciclo lindo e nesse verão maravilhoso você foi capaz de dar um passo à frente, tenta agora somente não se negar. Fica feio dizer o que você não foi, se você é e sempre será.
É isso.



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O devaneio de viver


A vida é isso, feita de altos e baixos inconstantes que muitas vezes nos levam de grandes euforias a extremas loucuras. Basta acreditar que a cada passo se pode mudar e renovar, transcender ao bom e ao sublime, curtir um pouco da dor e depois passageiramente ficar feliz de novo. A vida segue e eu sigo com ela, pois é da capacidade mutável de viver que eu vivo.

E quanto mais me digam: não fique assim, não pereça, não se entregue… Eu gosto mesmo é de me entregar, viver cada sentimento de uma forma tão forte possível, de uma forma que em meu corpo não reste nada, além de lágrimas, nesse contexto forte sobre viver.


Depois de muito pestanejar, acordo e me aprecio em um belo sorriso de manhã, cheio de graça e de um aperrio alegre, forte como a vida tem que ser. Nosso looping majestoso, que Deus cuidadosamente preparou para ninguém morrer de tédio. Então, viva.
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O ato

Acho que por um momento você deve ter pensado que escreveria sobre uma bela cena sexual, cheia de tapas e arranhões. Acho que por um momento você acertou, pois eu mesma pensei em escrever atos sexuais mais causadores de tesão, só que eu preferi escrever de forma menos agressiva e mais sublime sobre um ato que para mim é só prazer e nunca me decepcionou: ESCREVER. (E, sim, sexo já me decepcionou diversas vezes).

Lembro da primeira vez que me pediram pra escrever algo realmente significativo, infelizmente foi um resumo, mas felizmente foi sobre Marx. Isso aconteceu quando eu ainda fazia a sétima série, na escolinha mesmo. O resumo era pra ser dito coisas que você entendeu sobre o texto, esse em especial falava de consumo e capitalismo, acho que nunca me senti tão viva antes, pude expor minhas ideias e sabia que seriam lidas, inclusive publicada pela minha professora no jornal da escola, acho que me dei bem e foram belas palavras, com uma filosofia aludida sobre nosso capitalismo massacrante, “imagine como seria o mundo se cada um tivesse um carro, o grande engarrafamento que seria.” Talvez nesse trecho parece que eu faça relação com o ter, mas eu falava sobre como importante era se todos com consciência não tivéssemos.

Na verdade quando se escreve, você pode falar o que quer, o que sente, o que o outro sente, ou o que você imagina o que o outro sente. Nunca foi difícil para mim criar uma cena, fazer um ato, não que eu seja uma “nossasinhora” que escritora, mas tive bons mestres e deles aproveitei tudo que ‘pude’, mesmo não sendo uma estudiosa da área, o que acho hoje que deveria. Como meu amigo João uma vez me disse: escrever é uma forma de falar sem ser interrompido.

Nas crônicas me deleito, nas prosas me adverso, nos poemas me abstraio, no sexo imagino. Tecer uma lauda sempre é prazer, mesmo quando o assunto não me convém, o curioso é que em meu TCC (formada em Turismo, ênfase em marketing) eu falei sobre fotografia e um dos elogios unânimes: é um deleite ler o que você escreve, pois soa natural, sensível, criativo, entre outros.

Se caso queira trocar cartas comigo, dirija a mesma para:
Pammela de Oliveira Lisboa
Rua Giruá, 34 - Santarém.
CEP: 59125-000
Natal - RN

Por hora é só. O texto já ficou muito gigante, temo que ninguém leia. Gratidão.


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Bizarro Triangulo

“Caralho, véi. O cara ‘tê’ que tá aqui novamente, pisando nesse barro sujo e achando graça de todos esses idiotas egocentristas que vão e vem com seus carros importados e mulheres sem conteúdo me cansa demais.” “Talvez que as coisas acontecessem mais facilmente na vida de um cara como eu, mas não, tem que moer para ficar bom” “E essa galera é hipocrita demais.” “Puts, vê só a vibe dessas minas” “Caralho véi, elas tão se chegando aqui” “Porra véi, as mina tão me puxando”(...)
Um corredor longo, uma sala no final, duas ‘mina’, três bocas, muitos braços, toda a pele, tudo fica quente mais rapidamente e o fervor do sangue já chega na cabeça. Os pensamentos já não se concentram mais e se deixar levar é a única maneira de ‘resistir’ aquilo. “As mina tão louca”, “são muito gostosas, puts”, era o único pensamento que vinha a frente. E todo aquele pegar de pele, dentro daquela sala gelada e cheia de poeira. Foi no baixar de calça que o mano entendeu, “as mina tão louca mesmo”. E as bocas chegaram naquele lugar tão facilmente que não poderia existir visão melhor, duas minas se pegando na frente do cara e ele ali, morrendo de tesão com todas as realizações viscerais sendo realizadas e todas as vontades que um estudante poderia ter numa só.

Quanto mais beijos e tapas na cara o mano levava, mais tempo parecia demorar para chegar lá. As duas ali, seminuas, não permitindo em nenhum momento esfriar, adorando aquela brincadeira marota de estarem usando um corpo forte e cheio de um vigor imensurável. Talvez fosse a primeira vitima delas, contudo toda aquela história parecia um conto erótico ilustre e o era. Todas as mãos suadas, em todas as partes, todos os orgasmos, todos se encheram de prazer. Assim, de forma ténue, com um beijos sugado em sua parte mais sensível ele chega a um prazer único, sensual, suave, livre. Dentro daquela universidade miserável e seu pensamento ao vestir as calças era “porra”.
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"Cala a boca, me beija e diz que me ama..."

Sempre gostei de clichês, mas não consigo ser clássica. Não vou mentir que aquele filme que é essencial para a existência de qualquer ser humano eu não assisti, me envergonho por isso, pois passei a maior parte do tempo agradecendo aos cosmos pela minha não vida e fazendo cartas aleatórias me imaginando ser uma grande escritora perdida no tempo, onde meu único meio de voltar até ele, ou chegar até ele era escrever. Sim, pareço maluca, mas só às vezes, e quando “às vezes” quero, faço cartas de amor como eu mesma, cheia de lágrimas e papéis molhados pelo fluido salgado que sai do nariz quando choro. Não, não sou nojenta, mas existem coisas que são inevitáveis. E enfim.
Mas ai vem, você assim, me trazendo essa necessidade de ter visto esses filmes, me fazendo me sentir a pessoa mais especial do mundo e “mientras” eu não consigo entender como cheguei até você, ou como você chegou até mim. Na realidade, não existe realidade na coisa, o ato em si parece fantasioso ou vindo de algum filme, diga-se “clichê”, pois volta e meia parece que nossos diálogos foi pensando por algum roteirista maluco, cheio de más intenções que me fez parecer vilã e você mocinho. De qualquer forma, acho que a gente consegue seguir em frente, pois os dois sabemos que nenhum (problema real ou nossas cenas clássicas) está num filme, apesar que tem dias que as novelas mexicanas perdem em fazer umas oficinas conosco, não falarei dos pornôs, pois dai então eu não sei se são clichês ou não, por hora em falta de conhecimento de causa mesmo.

Quero deixar claro que toda essa enrolação é para você entender como me sinto quando você se preocupa comigo, curte as coisas que eu escrevo, me olha nesses olhos de amor e depois faz o “blasé já que “leite quente dar que dor nos dentes” (lê-se: Lêitê kêntê quê dar dor nos dêntês), porque na verdade eu sinto no seu corpo a necessidade de me beijar, me amar e fazer isso nas duas ordens enquanto se faz junto. :) É só.


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Há controvérsias (?!)

Pré escrito: primeiro você coloca em algum aparelho de som “Cool for the summer - Demi Lovato” e vai ler esse texto. A música dará o ritmo necessário para a leitura, além de ser o que estava passando na mente do autor.


Há controvérsias

Tem dias que eu acordo de madrugada, depois da gente fazer amor e fico te observando. Para falar a verdade a gente fez amor faz tempo, por volta de meia noite, sendo que eu costumo pegar no sono, pois tem uma carga energética tão grande e sutil que me faz relaxar de uma maneira tranquila, que só você me trouxe essa sensação. Nesses últimos períodos escritos eu encontro várias dessas controvérsias que estou falando, talvez você possa não  entender, mas isso tudo me deixa alegre e triste, pois não consigo explicar.
Dai você em uma das horas da manhã levanta, você não me beija a testa, sei que não me observa (sempre sonhei ser admirada enquanto durmo, também não posso dizer, estou dormindo), vai à cozinha, possivelmente para beber água e me traz um copo com água também. Alguns detalhes nessa cena são importantes, você me traz água, sem eu solicitar, água cristalina, límpida, pura, você me purifica pela manhã, essa água vem em um copo de vidro, limpo, transparente e da forma como você gosta de beber água, pois é bom e você me faz um bem fazendo isso, ativa meus órgãos internos e eu realmente amo água. Me sinto amada.
Digamos que aqui existe um segundo ‘me sinto amada’, porque é realmente o que sinto nesses dois últimos parágrafos. Também fizemos amor e a essa altura da manhã fizemos amor novamente. Eu sei que agora parece que só ‘fazemos amor’, ou seja, que transamos e transamos. Como já dito anteriormente, existem detalhes nessa história que são importantes, um deles é o fato de termos as conversas mais estimulantes que um casal possa ter, olhe que nem mesmo é pelo fato de gostarmos das mesmas coisas, ao contrário e não gostamos, talvez tenhamos ‘ideias’ parecidas quanto à política, futebol (não gostamos, mesmo sendo paulistas), família, enfim, mas o restante somos pessoas com conhecimentos e saberes distintos e você tenta me mostrar as referências (‘google it!’ Sempre corro pro google! rsrs) e eu sei lá que tento, mesmo assim sinto que nossas conversas nunca acabam, sempre deixamos mais assuntos para frente e isso é grandemente estimulante para minha mente geminiana, acredito que para um homem tão inteligente quanto você também. Mais uma vez me sinto daquele jeito, amada.
E nossos olhares, nosso tudo, estou escrevendo em terceira pessoa do plural, comecei em primeira pessoa do singular, mas você me deixa assim: confusa! Sei que parece coisas do meu signo solar gêmeos, mas não é não. Você também sempre diz que coloco a culpa em você, porém não tenho como evitar. Você me diz que ‘não é um cara pra namorar’, mas anda de mão dada comigo e não é loucura minha, pois você também procura minha mão. Você me diz que não confia em mais ninguém, que tem um coração retalhado e mesmo assim me parte com um beijo, algo inigualavelmente intimo e especial. Não tem como não ficar confusa, eu fico confusa, pois existe uma grande confusão ai. Meu signo solar, sua Lua e Vênus em gêmeos e isso tudo se mistura e pesa pro meu lado. Eu tento te compreender e juro que tento, mas você me deixa entrar na sua vida e eu incrivelmente carente de tudo, de família, de amigos e de carinho fico e te observo de madrugada, depois num caminho desses na rua você me diz novamente que não é um cara pra namorar, WTF? O que estamos fazendo então se se não n’amor’ando? Nunca sei e agora sei menos. Me confunde.
E como não ficar sem entender, se numa briga da gente esses dias você ficou mais triste que um pão de ló dormido na padaria, me deixou triste e depois me veio com “take me down intro your paradise…” “my mind on your body and your body on my mind”. Passando mil coisas na minha cabeça e eu sempre achei (diga-se desde a adolescência) que quando alguém te manda uma música é amor.
Lendo assim parece que sou uma maníaca apaixonada tentando arrumar explicações, mas me diz porquê fazemos amor se sequer somos um casal de n’amor’ados, se sequer somos um casal de amor dado ao outro, se sequer você tem intensão de me amar? Me explica porquê você me traz um copo de água? Me explica porquê você me trata como uma rainha? Me explica porquê me chama para amor comigo se no fim de tudo você nem vai me namorar? Existem muitas controvérsias e eu estou vivendo isso, tentei até agora não o falar, mas não sei se fico ou se vou embora sem avisar, pois tem dias que pareço carregar um mundo em minhas costas e eu tento jogar a culpa em tudo para o desespero de entender o que está acontecendo que está refletido em meus olhos.

Eu entendi tudo errado, né? Sou uma boba mesmo. Pra você vê, né?

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Mais uma história pra hoje

Está tudo silencioso aqui, parecendo cortar. Fora e dentro de mim, parece que não há ninguém que preencha esse vazio.  Se você estivesse aqui seria sua voz e a minha, na verdade seria muito barulho. Mas não é disso que preciso agora, por mais que eu queira. 


Minhas necessidades são bem mais especificas agora, não há abraços que faça isso melhorar. Preciso de algo mais incomum: de viver sozinha e acordar em um apartamento pequeno, abarrotado de papéis e livros, em um centro de cidade com ares de rotina. De meu pequeno fogão tem que sair um cheiro forte de café fresco e no fundo uma MPB antiga, soando como pesares.




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Raiva de felicidade

E me parece que tenho tanta coisa para escrever para você, que não consigo escrever nada. Faltam palavras. E eu apenas suspiro ao pensar no seu sorriso. Andam sendo dias difíceis para mim, passei por detalhes que não queria ter observado. Foram muitas coisas complicadas as quais vivi que me deixaram com algumas doenças de coração, nada que um outro grande amor não faça curar, mas quem disse que estou conseguindo me abrir a isto? Mas você… Puts. Vem desse jeito como quem não quer nada me fazendo querer tudo, falando de filhos, criando um elo gigantesco entre mim e você, entre tudo que eu possa imaginar, parecendo sempre saber que eu quero mesmo é sua cama, seu sabor, suas graças, mesmo eu sendo assim muito racional e cheia de ‘cricris’ existenciais que não me deixam relaxar e rir de tudo.
Vejo você fazendo o tempo passar rápido e fico com raiva, pois poderíamos ter nos encontrado antes de todas essas feridas e poderíamos ter jurado amor eterno um ao outro e quem sabe ter feito realmente ser eterno, agora que te encontrei passa tudo muito rápido, mais do que deveria, tanto que parece que estamos juntos a séculos e sendo felizes. Fico com raiva por saber que em muita coisa eu precisava ter alguém como você ao meu lado e na maioria das vezes eu estava com alguém errado, ou hoje vejo que era errado. Mas enfim, dizem que devemos aprender e que existe hora certa para tudo. Acho também que a pessoa que eu reconheço em você hoje é essencialmente formada e que todas as coisas que passamos foi só para nos fazer melhorar e nos conhecer hoje, viver esse momento e quem sabe nos fazer feliz. Sabendo que não nos vamos cobrar, nem querer tudo, pois por tudo já passamos, hoje precisamos de paz.
Só te peço: me ensine. Gosto de aprender sobre filmes, sobre suas coisas e fico encantada a cada novo algo que você é capaz de me ensinar, pois tudo parece muito diferente para mim e o que é diferente me encanta e me faz sonhar.
Não vou fugir, nem sumir, mas enquanto houver sorrisos, permanecerei aqui. Brigada, viu?
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Alguma Resiliência

Uma vida não é nada, comparado ao mundo lá fora. O que são as pessoas na verdade? São esses seres capazes de desordenar qualquer ordem em favor de suas próprias necessidades, desejos...



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